Eduardo Fernandez; Eduardo Amorim. 2018. Ormosia friburgensis (Fabaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), com ocorrência nos estados: ESPÍRITO SANTO (Thomaz 1780), MINAS GERAIS (Lima et al. 396), RIO DE JANEIRO (Meireles et al. 485) e SÃO PAULO (Oliveira et al. 3691). Segundo a Flora do Brasil 2020 a espécie não ocorre nos estados de Minas Gerais e de São Paulo.
Árvore de até 25 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Foi coletada em Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) associada a Mata Atlântica nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Apresenta distribuição ampla, EOO=85181 km², diversos registros depositados em coleções biológicas, inclusive com coletas realizadas recentemente (2009), e ocorrência confirmada em Unidades de Conservação de proteção integral. O epíteto específico apresenta problemas de autoría. Pode ser Taub. ex Glaz. ou Taub. ex Harms. Na Flora do Brasil, conta a primeira fórmula, mas a obra de Glaziou é tratada como suprimida. A espécie ocorre de forma ocasional na maior parte das localidades em que foi registrada. Não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua existência na natureza. Assim, O. friburguensis foi considerada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (taxônomia, distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza.
Descrita sob a autoria de Taub. ex Harms em: Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 19: 290. 1924 (Rudd 1965). De acordo com especialista botânico a espécie: 1 - apresenta uso (madeira, frutos, paisagismo, etc). R.: Não. ; 2 - ocorre em Unidades de Conservação. R.: Sim. Parque Nacional de Itatiaia, Reserva Ecológica de Macaé de Cima, APA Petrópolis, Parque Estadual da Pedra Selada.; 3 - apresenta registros recentes, entre 2010-2018. R.: Sim; 4 - é uma espécie com distribuição ampla. R.: Não. Mata Atlântica (Fabaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB101157>. Acesso em: 23 Nov. 2018).; 5 - possui amplitude de habitat. R.: Não. ; 6 - possui especificidade de habitat. R.: Sim. ; 7 - apresenta dados quantitativos sobre o tamanho populacional. R.: Não; 8 - em relação a frequência dos indivíduos na população. R.: Ocasional; 9 - apresenta ameaças incidentes sobre suas populações. R.: ; (Mario Gomes, com. pess. 23/11/2018).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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5.3 Logging & wood harvesting | habitat | past,present | national | very high | |
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1 Residential & commercial development | habitat | past,present | national | very high |
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1 Land/water protection | on going |
A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação: RESERVA BIOLÓGICA AUGUSTO RUSCHI (PI), PARQUE ESTADUAL DO ITACOLOMI (PI), PARQUE NACIONAL DE ITATIAIA (PI), PARQUE ESTADUAL DA PEDRA SELADA (PI), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE MACAÉ DE CIMA (US), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE PETRÓPOLIS (US), PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR (PI). |
Uso | Proveniência | Recurso |
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Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |